NEGLIGÊNCIA OBSTÉTRICA
Negligência
obstétrica ou violência obstétrica, é um desrespeito a mulher, à
sua autonomia, ao seu corpo e aos seus processos reprodutivos,
podendo manifestar-se por meio de violência verbal, física ou
sexual e pela adoção de intervenções e procedimentos
desnecessários e/ou sem evidências científicas.
A
violência obstétrica está crescendo muito ultimamente no Brasil,
causando morte tanto para o bebê quanto para a própria mulher. Foi
reportado que, 12,6% das mulheres associadas ao estado civil, a menor
renda, a ausência de companheiro, ao parto em posição litotômica,
a realização da manobra de Kristeller e a separação precoce do
bebê após parto.
O que explica a violência
obstétrica atualmente no Brasil?
Discriminação por
idade, raça, classe social ou condições médicas; más condições
do sistema de saúde, como falta de recursos; recusa na oferta de
tratamentos à gestante ou ao bebê; não informar a paciente sobre
procedimentos ou desrespeitar a decisão da mesma. Mesmo que não
seja descriminação ainda sim é um erro gravíssimo médico. Um dos
casos mais recentes de violência obstétrica, foi em Minas Gerais,
no hospital das clínicas da universidade federal de Minas Gerais. A
mãe de 34 anos, levava um gestação de 28 semanas e na noite do
ocorrido teve pressão alta, optando por ir até a unidade
hospitalar. Ao chegar lá, segundo disse a irmã à polícia, a
mulher acabou internada para um parto induzido. Ela relata ainda que
o pai da criança e a mãe da vítima acompanharam o procedimento. O
homem, conforme a irmã, teria visto a cabeça da filha para o lado
de fora e percebeu a criança mexendo os olhos e a boca. No entanto,
ao observar mais de perto, percebeu que a médica tinha “arrancado
a cabeça da criança”.
Manobra de
Kristeller: 36% das entrevistadas relataram o uso da técnica, que
consiste em pressionar a parte superior do útero para “facilitar”
a saída do bebê.
Litotomia: posição desfavorável ao
nascimento. “A melhor posição para a mulher ficar é a
verticalizada. Pode ser de cócoras, de joelhos, sentada, mas tem que
ser verticalizada, porque isso aumenta a chance da força dela”,
justifica a professora.
Soro de ocitocina: hormônio
sintético utilizado para acelerar as contrações do
útero.
Episiotomia: corte cirúrgico feito no períneo,
ao final de um parto normal, para “facilitar” a saída do bebê.
Além de ser doloroso para a mulher, o procedimento deixa pontos
internos, pode causar incontinência urinária e dores durante a
relação sexual.
A violência obstétrica pode
deixar marcas físicas graves e duradouras. A parte emocional também
pode ficar comprometida e desencadear outros problemas.

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