quarta-feira, 10 de maio de 2023

PELO COMBATE À VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

 



NEGLIGÊNCIA OBSTÉTRICA



Negligência obstétrica ou violência obstétrica, é um desrespeito a mulher, à sua autonomia, ao seu corpo e aos seus processos reprodutivos, podendo manifestar-se por meio de violência verbal, física ou sexual e pela adoção de intervenções e procedimentos desnecessários e/ou sem evidências científicas.


A violência obstétrica está crescendo muito ultimamente no Brasil, causando morte tanto para o bebê quanto para a própria mulher. Foi reportado que, 12,6% das mulheres associadas ao estado civil, a menor renda, a ausência de companheiro, ao parto em posição litotômica, a realização da manobra de Kristeller e a separação precoce do bebê após parto.


O que explica a violência obstétrica atualmente no Brasil?

Discriminação por idade, raça, classe social ou condições médicas; más condições do sistema de saúde, como falta de recursos; recusa na oferta de tratamentos à gestante ou ao bebê; não informar a paciente sobre procedimentos ou desrespeitar a decisão da mesma. Mesmo que não seja descriminação ainda sim é um erro gravíssimo médico. Um dos casos mais recentes de violência obstétrica, foi em Minas Gerais, no hospital das clínicas da universidade federal de Minas Gerais. A mãe de 34 anos, levava um gestação de 28 semanas e na noite do ocorrido teve pressão alta, optando por ir até a unidade hospitalar. Ao chegar lá, segundo disse a irmã à polícia, a mulher acabou internada para um parto induzido. Ela relata ainda que o pai da criança e a mãe da vítima acompanharam o procedimento. O homem, conforme a irmã, teria visto a cabeça da filha para o lado de fora e percebeu a criança mexendo os olhos e a boca. No entanto, ao observar mais de perto, percebeu que a médica tinha “arrancado a cabeça da criança”.

O que é considerado violência obstétrica?

Manobra de Kristeller: 36% das entrevistadas relataram o uso da técnica, que consiste em pressionar a parte superior do útero para “facilitar” a saída do bebê.

Litotomia: posição desfavorável ao nascimento. “A melhor posição para a mulher ficar é a verticalizada. Pode ser de cócoras, de joelhos, sentada, mas tem que ser verticalizada, porque isso aumenta a chance da força dela”, justifica a professora.

Soro de ocitocina: hormônio sintético utilizado para acelerar as contrações do útero.

Episiotomia: corte cirúrgico feito no períneo, ao final de um parto normal, para “facilitar” a saída do bebê. Além de ser doloroso para a mulher, o procedimento deixa pontos internos, pode causar incontinência urinária e dores durante a relação sexual.


A violência obstétrica pode deixar marcas físicas graves e duradouras. A parte emocional também pode ficar comprometida e desencadear outros problemas.

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